Alimentar-se não é simplesmente se sentar e comer. É um ato bem complexo que envolve vários sistemas atuando de forma simultânea, como o orgânico, muscular, oral, sensorial e ambiental. Para muitas crianças isso pode não ser um problema e ela se alimenta de forma funcional obtendo os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Porém, para outras tantas, alimentar-se pode ser bastante complicado e desagradável.

Através da Terapia Alimentar é possível avaliar essa criança juntamente com a sua família para entender o funcionamento familiar e intervir assertivamente para que a criança possa se alimentar bem, obter os nutrientes necessários para se desenvolver e se sentir bem comendo.

Além de obter nutrientes para o bom desenvolvimento infantil, a alimentação também é um meio de interação social e a dificuldade em alimentar-se pode trazer prejuízos também nesse aspecto. Geralmente, crianças com dificuldade alimentar possui uma inflexibilidade cognitiva e uma rigidez comportamental, dificultando assim esse processo.

Dessa forma, a Psicologia entra em ação para juntamente com outros profissionais (fonoaudiólogos, nutricionistas e terapeutas ocupacionais) para ajudar essa criança e sua família a ultrapassarem essas dificuldades através da brincadeira, da imaginação, técnicas específicas e psicoeducação sobre o problema.

Como saber se seu filho(a) precisa de Terapia Alimentar?

Observe se ele(a):

• Demonstra falta de interesse ou recusa pelos alimentos;
• Evita explorar o alimento, seja através do toque ou da experimentação;
• Evita alguns alimentos devido a textura, cor ou cheiro;
• Demonstra não gostar ou não se sente confortável no momento das refeições;
• Não possui autonomia na hora de comer;
• Consome baixa quantidade e qualidade de alimentos;
• Exclui um ou mais grupos alimentares.